Estilo 'mineirin' é o perfil de muitas candidaturas em 2024

Depois de uma campanha permeada por fake news, comentários extremistas de todos os lados, com muitos ataques pessoais, ofensas, palavrões, ameaças e até cadeirada, como a que ocorreu no recente "debate" entre o candidato Datena e Pablo Marçal, percebe-se neste ano um certo "resguardo" de grande parte dos candidatos às Prefeituras de diversas regiões, especialmente os que tentam a reeleição. Trata-se de uma estratégia acertada, visto que, muitas vezes, as famosas sabatinas podem ser palanques para os opositores e um prato cheio para "pegadinhas", que podem culminar na perda de votos dos eleitores mais críticos e, consequentemente, fazer o sabatinado despencar nas pesquisas eleitorais; claro, aquelas respaldadas pela Justiça.
É aquele negócio: às vezes vale mais calar do que arrumar um debate desnecessário e, assim, não municiar o "inimigo". Não dando espaço para questionamentos literalmente questionáveis por parte da oposição e nem provocações, o candidato é poupado de muitos dissabores e pode focar mais na política de bastidores, seja com reuniões, o próprio trabalho de rua e o marketing interno. Ademais, os Planos de Governo encontram-se devidamente registrados, junto às candidaturas, e todo o passado e trabalho dos candidatos também pode ser amplamente conferido nas redes sociais o tempo todo. Basta ter interesse para acessar o conteúdo e buscar conhecer aquele que irá representar a população e fazer a diferença.
Em pouco mais de um mês de campanha, o que o eleitor, de fato, precisa saber são as propostas dos candidatos à governança e o quão suas atitudes condizem com as suas palavras. Todo o resto é apenas bate-boca e perda de tempo. E não há mais tempo a perder. Afinal, ninguém aguenta mais tanto "barraco" na política brasileira. O brasileiro só quer uma coisa: ação.